Gentes de língua bantu emigraram desde a África Ocidental para leste até ao Lago Vitória e depois para sul até à área agora conhecida como Moçambique.
Os Portugueses colonizaram a área e deram o nome ao país a partir da Ilha de Moçambique, cujo nome tem origem num comerciante árabe, Mussa Ben Mbiki, que vivia na ilha.
David Livingstone, o explorador Britânico, viajou no baixo Zambeze e no rio Chire em Moçambique procurando uma rota comercial navegável e documentando os recursos naturais ao longo do rio.
O Chefe Chitengo era o líder de uma das comunidades locais da Gorongosa. O acampamento central da Gorongosa ainda hoje conserva o seu nome.
Lourenço Marques (actualmente designada por Maputo) tornou-se na capital de Moçambique.
A Gorongosa foi inicialmente criada como uma reserva de caça com 1.000 km2 pela Companhia de Moçambique, uma empresa privada que geriu a zona centro de Moçambique por concessão do Governo Português.
A Reserva da Gorongosa foi alargada para 3.200 km2 para proteger o habitat de Inhalas e Rinocerontes.
Um novo acampamento turístico foi construído na planície aluvial (tando) perto do Rio Mussicadzi mas foi abandonado dois anos depois devido às grandes inundações da época das chuvas. Os leões tomaram conta do edifício abandonado o qual se tornou conhecido como Casa dos Leões. Este edifício ainda está de pé e os turistas podem visitá-lo durante os seus safaris, e observar as planícies aluviais tal e qual os leões da Gorongosa o faziam.
Em 1951 o acampamento de Chitengo foi construído para servir de quartel-general da Administração da Reserva e acomodar turistas, incluindo também um restaurante e um bar.
O governo declarou a Gorongosa como Parque Nacional e ao mesmo tempo adicionou-lhe mais 2.100 km2, aumentando o seu tamanho para 5.300 km2.
Gorongosa era um destino procurado por celebridades que incluíram John Wayne (actor), Joan Crawford (actriz), Gregory Peck (actor), James Lovell (astronauta), Tippi Hedren (actriz) e James Michener (escritor).
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) iniciou uma guerra contra Portugal para obter a independência. Em 1972, uma companhia militar Portuguesa instalou-se no Parque Nacional da Gorongosa mas a guerra teve pouco impacto na Gorongosa e na sua fauna.
O governo reduziu a área do Parque para 3.770 km2 para aumentar os terrenos disponíveis para os agricultores locais.
O Ecologista do Parque, Dr. Kenneth Tinley, levou a cabo a primeira contagem aérea da fauna bravia da Gorongosa. Tinley e a sua equipa contaram cerca de 200 leões, 2.200 elefantes, 14.000 búfalos, 5.500 bois-cavalos, 3,000 zebras, 3.500 inhacosos, 2.000 impalas, 3.500 hipopótamos, e manadas de elandes, pála-palas e gondongas com mais de quinhentos espécimes. A sua monumental tese de doutoramento "Framework of The Gorongosa Ecosystem", ainda permanece como o trabalho ecológico definitivo sobre a Gorongosa e é usada como uma ferramenta de referência pela actual equipa de gestão do Parque.
Quando Moçambique obteve a independência de Portugal, Samora Machel foi nomeado Presidente do novo País.
Em 1976, um ano após Moçambique ter obtido a sua independência de Portugal, as contagens aéreas do Em 1976, um ano depois de Moçambique ter conquistado a independência de Portugal, contagens aéreas do Parque e do delta do rio Zambeze apontavam para alguns milhares de elefantes e uma população de leões na casa das centenas, provavelmente a maior população de leões registada na região da Gorongosa até à data
Entre 1977 e 1992 estalou um conflito civil entre o Governo de Moçambique (controlado pela Frelimo) e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), um grupo fundado e treinado por alguns países vizinhos. A luta teve lugar de forma continuada dentro do Parque e na Serra da Gorongosa até 1992. Após a guerra, em 1993-96, caçadores profissionais ajudaram à carnificina que os animais sofreram durante o conflito armado, e grande parte da população animal da Gorongosa foi reduzida em 90% ou mais.
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) desenvolveu durante 5 anos, um esforço para reconstruir as infra-estruturas da Gorongosa e restaurar a sua fauna bravia com a ajuda da União Europeia e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Joaquim Chissano foi eleito Presidente de Moçambique nas primeiras eleições nacionais multipartidárias.
O primeiro censo de fauna bravia depois da guerra revelou a existência de 100 elefantes, 300 changos, 100 inhacosos, e apenas uma meia dúzia de zebras e outros pequenos antílopes. Muitos dos grandes herbívoros e predadores que eram os ícones da Gorongosa tinham desaparecido.
Roberto Zolho, Administrador do PNG em 1997, conjuntamente com um grupo de motivados Fiscais do Parque, foram uma parte importante da reabilitação das infra-estruturas do Acampamento de Chitengo que tiveram lugar na parte final dos últimos anos Século XX.
Armando Guebuza foi eleito Presidente de Moçambique.
Na sua primeira visita à Gorongosa, Greg Carr viu o potencial desta jóia dos parques de Moçambique e escreveu no livro de honra do Parque: “Este é um parque espectacular e com alguma ajuda, poderá vir a ser um dos melhores de África.
O Projecto de Restauração da Gorongosa, uma organização sem fins lucrativos baseada nos EUA, assinou com o Governo de Moçambique um memorando de entendimento para restaurar o Parque Nacional da Gorongosa.
Foi construído dentro do Parque um santuário vedado para a fauna bravia com 62 km2, com o apoio da USAID (Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional) como preparação para uma operação em larga escala para reintrodução de fauna bravia. O santuário foi concebido para proteger e facilitar a reprodução da fauna bravia reintroduzida durante alguns anos até que os seus números atingissem manadas de dimensão adequada para libertação na outras áreas do Parque.
O Projecto de Restauração da Gorongosa construiu uma nova escola primária e uma nova clínica de saúde na comunidade de Vinho para proporcionar um melhor acesso a cuidados de saúde e educação para os habitantes locais.
Em Janeiro de 2006 teve lugar um primeiro e histórico encontro, entre os responsáveis pelo Parque e a comunidade de Canda, na Serra da Gorongosa, para discutir o desenvolvimento de novos projectos nesta comunidade. Pouco depois, foram recrutados 60 fiscais locais para trabalharem em conservação e conduzirem os turistas através de áreas mais interessantes, como as cascatas, ou a floresta húmida de montanha, passando também a permitir-se acampar no cume da Serra.
Provenientes do Kruger National Park, na África do Sul, 54 búfalos foram reintroduzidos no santuário de fauna bravia da Gorongosa.
O President Guebuza visitou o Parque e foi o primeiro alojar-se num dos 9 modernos bungalows duplos, com um total de 18 quartos, construídos para atender à crescente procura por parte de turistas.
Foram trazidos para o santuário da Gorongosa 31 búfalos capturados no Parque Nacional do Limpopo e 180 bois-cavalos, provenientes da África do Sul.
Uma contagem aérea da fauna bravia revela que os números da maior parte das espécies animais do Parque aumentaram de forma espectacular em relação a 1994.
Os leões foram fotografados perto da Casa dos Leões, na planície aluvial da Gorongosa, pela primeira vez desde os anos 70.
O Governo de Moçambique e o Projecto de Restauração da Gorongosa assinaram um acordo para a gestão conjunta, durante 20 anos, do Parque Nacional da Gorongosa.
Uma equipa de televisão do programa 60 Minutos da CBS filmou na Gorongosa uma reportagem especial dedicada à história da restauração do Parque.
Foram libertados no centro do Parque Nacional da Gorongosa, 6 elefantes machos do Kruger National Park e 5 hipopótamos provenientes do Isimangaliso Wetland Park, ambos na África do Sul.
Um novo restaurante, chamado ‘Chikalango’, abriu no acampamento de Chitengo, oferecendo excelentes refeições aos turistas do Parque.
Explore Gorongosa, um acampamento de safari de tendas de luxo, recebeu os primeiros hóspedes, no seu acampamento na margem do rio Mussicadzi, bem no centro do Parque Nacional da Gorongosa.
O Projecto de Restauração da Gorongosa começou a oferecer os serviços de uma clínica de saúde móvel a comunidades sem acesso a um centro de saúde.
Chegaram ao santuário da Gorongosa mais 54 búfalos, trazidos desde o Kruger National Park na África do Sul.
Pela primeiro vez 20% das receitas provenientes das taxas de turismo da Gorongosa foram repartidas com as 15 comunidades que circundam o Parque.
O filme da National Geographic -- Paraíso Perdido em África (“Africa’s Lost Eden”), acerca da restauração da Gorongosa, foi difundido em todo o mundo.
Um moderno e avançado centro de Educação Comunitária (CEC) foi construído usando tecnologia “verde” para proporcionar programas educativos às crianças e adultos das comunidades locais. A organização Books for Kids Africa criou bibliotecas comunitárias para complementar os recursos do CEC.
O Governo de Moçambique anunciou que a Serra da Gorongosa seria incorporada no Parque, aumentando a área do Parque para 4.067 km2. Foi igualmente anunciada a constituição de uma zona tampão de 3.300 km2 à volta do Parque.
Uma contagem aérea da fauna bravia da Gorongosa mostrou que o números de animais no Parque subiu cerca de 40% nos últimos 3 anos.
O reconhecido biólogo, E.O. Wilson, visitou o Parque Nacional da Gorongosa para recolher informações para o seu novo livro, “Vida na Terra”. Enquanto esteve no Parque, realizou um “Bioblitz” na Serra da Gorongosa.
Cientistas do Field Museum de Chicago exploraram e documentaram a fauna bravia da Serra da Gorongosa. Entre várias descobertas, os cientistas encontraram uma nova espécie de musaranho que era desconhecida em termos científicos e que não é possível encontrar noutro lugar excepto nas terras altas do Zimbabwe.
Chegaram ao santuário de fauna bravia da Gorongosa mais 47 búfalos, provenientes do Kruger National Park, África do Sul.
O Grupo Visabeira - operador da cadeia de hotéis Girassol em Moçambique e Angola – foi seleccionado para gerir o acampamento de Chitengo – a maior infra-estrutura turística do Parque Nacional da Gorongosa.
A National Geographic produz um segundo filme na Gorongosa, desta vez sobre os elefantes do Parque, mostrando como a Dra. Joyce Poole – a maior autoridade mundial na investigação de elefantes – e o seu irmão, o cinematógrafo Bob Poole, trabalham para conquistar a sua confiança.
"África" é uma co-produção da BBC e do Discovery Channel feita pela mesma equipa que ganhou prémios com o famoso documentário de 2009, sobre história natural, intitulado "Vida". Elaborado a partir de mais de 2.000 horas de imagens recolhidas em 1.598 dias de trabalho de campo e mais de 553 câmaras em acção, a série mostra um retrato de África de fazer perder a respiração. No episódio final da série, intitulado “África: O Futuro”, o Parque Nacional da Gorongosa aparece em destaque. O famoso naturalista David Attenborough apresenta o episódio em que o, mundialmente conhecido, biólogo EO Wilson e o seu jovem assistente na Gorongosa, o moçambicano Tonga Torcida, fazem investigação científica no Parque.
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