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"A ideia entrou pela porta do imponente prédio da Bolsa de Valores de São Paulo em junho de 2003, por meio de uma provocação feita pelo então gestor de Asset do Banco ABN Amro Real, Luiz Maia, ao então presidente do Conselho da BOVESPA, Raymundo Magliano: ‘Por que não criar no Brasil um índice de responsabilidade social nos moldes do DJSI e do FTSE4Good?’” Assim o livro "ISE – Sustentabilidade no Mercado de Capitais" (link abaixo) descreve o início do que, anos mais tarde, viria a ser o Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA. Começa aí um processo envolvendo inúmeras reuniões, consultas a stakeholders, formação de um grupo de trabalho e, também, o convite para que Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP (GVces) - que participava do processo desde seus momentos iniciais - desenvolvesse uma metodologia para estruturar tal índice, que seria pioneiro na América Latina e o 4º mundial desse gênero.
O que antes era um Grupo de trabalho se torna oficialmente o Conselho do Índice de sustentabilidade Empresarial, que passou a ser o órgão máximo de deliberação do Índice e tinha como missão a criação do primeiro índice de bolsa na América Latina que selecionava empresas por critérios ligados à sustentabilidade. O CISE manteve os membros do comitê que vinham desenvolvendo os estudos preliminares, à exceção do Observatório Social e do Ibase, que pediram afastamento, e do GVces, que foi contratado para comandar a operação. A IFC, que passava a se tornar uma colaboradora e parceira importante, foi convidada para integrar o Conselho. Faziam parte da primeira composição do CISE nove organizações: BOVESPA (Presidência), Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Instituto Ethos, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Em 08 de dezembro de 2004, aconteceu o primeiro evento público do ISE, o "Workshop de Consulta às Empresas", para o qual foram convidadas as empresas listadas na BOVESPA. O workshop teve como objetivo apresentar a metodologia proposta para a formulação do Índice e obter subsídios desses para seu aperfeiçoamento.
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No contexto de maior envolvimento com as questões da sustentabilidade, que precede o lançamento da 1ª carteira do ISE, a BOVESPA torna-se signatária do Pacto Global, sendo a primeira Bolsa de Valores do mundo filiada a esta iniciativa da Organização das Nações Unidas
A carteira teórica do ISE 2005 vigorou entre 1º de dezembro de 2005 a 30 de novembro de 2006, com 28 companhias, selecionadas a partir de um questionário. Saiba mais sobre a 1ª versão do questionário no link abaixo.
Realizado no Grand Hyatt São Paulo, contou com cerca de 300 pessoas e apresentou os primeiros passos dados pelo GVces e a Bovespa, como o desenho de um arcabouço institucional, o desenvolvimento de metodologia de avaliação e classificação, e o desenvolvimento do questionário que fundamenta o ISE a partir de um processo de consulta pública online e presencial, que se tornaria uma marca do índice nos anos seguintes.
Esta 1ª versão do questionário serviu para referenciar a seleção da 1ª carteira teórica de ações do ISE BM&FBOVESPA.
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Lançados em evento na New York Stock Exchange, os Principles for Responsible Investiment (PRI) são uma iniciativa liderada pelas Nações Unidas para orientar os investidores em torno de questões sociais e ambientais que podem afetar o desempenho do portfólio de investimento - e que, portanto, precisam ser considerados junto com outros fatores financeiros tradicionais na hora do investidor aplicar os seus recursos.
Dirigido por David Guggenheim e estrelado pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore (1993-2001), o documentário "Uma Verdade Inconveniente" (An Inconvenient Truth) trouxe a questão climática para o grande público, conscientizando-o sobre os problemas e os desafios das mudanças climáticas para a atual geração e as gerações vindouras. Em 2007, o filme foi premiado com o Oscar de Melhor Documentário e de Melhor Canção Original. No mesmo ano, Gore recebeu o Prêmio Nobel da Paz junto com os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Introdução dos protocolos, que fornecem instruções mais detalhadas sobre as perguntas que constituem o questionário do ISE. Eles têm a função de dar mais detalhes e explicar o que se espera de uma empresa ao responder determinada pergunta. Nos anos seguintes, esses protocolos passaram a sofrer melhoria contínua.
Lançado durante a Conferência Internacional do Instituto Ethos em junho de 2006, o Pacto pela Integridade e contra a Corrupção trouxe um conjunto de diretrizes e procedimentos que deverão ser adotados pelas empresas e entidades signatárias no relacionamento com os poderes públicos e que serão divulgados amplamente para que seja utilizado pelo mercado como referência no trato com as empresas. Seus princípios estão baseados na Carta de Princípios de Responsabilidade Social, na Convenção da ONU contra a Corrupção, no 10º princípio do Pacto Global e nas diretrizes da OCDE.
Baixe aqui o questionário de seleção revisado do ISE BM&FBOVESPA para a carteira 2006/2007
A partir do segundo ano, o processo de seleção das empresas incorporou a prática de solicitar evidências (documentos) para a comprovação das respostas dadas no questionário. No primeiro ano, a verificação era feita depois da definição da carteira, porém, no ano seguinte foi aperfeiçoada e passou a ocorrer antes da definição da carteira.
Em 2006, iniciou-se a prática de fornecer um relatório de desempenho à todas as empresas que participam do processo de seleção do ISE, mesmo que não sendo selecionadas para compor o índice. No relatório é possível obter pontuação por dimensão, critério e indicador, e resultados consolidados da carteira e sobre o conjunto de participantes (média, máxima e desvio-padrão).
A carteira teórica do ISE 2006/2007 contou com 42 ações de 33 companhias, representando 14 setores e totalizando R$ 996 bilhões em valor de mercado na época.
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Baixe aqui a 2ª versão do questionário de seleção do ISE BM&FBOVESPA
A carteira contou com 40 ações emitidas por 32 empresas, representando 13 setores e totalizando R$ 927 bilhões em valor de mercado na época. As participantes foram selecionadas a partir de um grupo de 62 empresas que responderam ao questionário-base 2007, enviado às 137 companhias emissoras das 150 ações mais líquidas da Bolsa.
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A crise financeira global de 2008 é considerada um das piores crises desde a Grande Depressão, nos anos 1930. Ela resultou no colapso de grandes instituições financeiras, principalmente nos Estados Unidos, e em perdas importantes no mercado financeiro internacional. Em muitos países, o mercado imobiliário foi diretamente afetado, resultando em despejo, perdas de propriedade e desemprego. A redução na atividade econômica decorrente desta crise colocou a maior parte do globo em recessão econômica que durou até meados de 2012, além de contribuir com a emergência da crise europeia de dívidas soberanas.
Lançado pelo Bradesco, o fundo FIC FIA Planeta Sustentável – ISE é mais um fundo “espelhado” no ISE, isto é, investe apenas em papéis de empresas que fazem parte da carteira do ISE.
Baixe aqui a versão 2008 do questionário de seleção do ISE BM&FBOVESPA
Carteira 2008/2009 do ISE reuniu 38 ativos de 30 companhias, totalizando R$ 372 bilhões em valor de mercado na época.
Apresentado pelo governo federal em dezembro de 2008, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima visa a incentivar o desenvolvimento e aprimoramento de ações de mitigação no Brasil, a partir de quatro eixos: oportunidades de mitigação; impactos, vulnerabilidades e adaptação; pesquisa e desenvolvimento; e educação, capacitação e comunicação. Além de ações e instrumentos previstos, o Plano também apresenta metas para reduzir o desmatamento no bioma amazônico, aumentar a reciclagem de resíduos sólidos urbanos, e reduzir as perdas não técnicas na distribuição de eletricidade, entre outros objetivos.
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Baixe aqui a versão 2009 do questionário de seleção do ISE BM&FBOVESPA
Em novembro de 2009, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, abriu o primeiro encontro da Sustainable Stock Exchanges (SSE) Initiative, que reuniu investidores, bolsas de valores, representantes de governos e mídia financeira para explorar as diversas formas pelas quais os mercados financeiros podem promover práticas de negócios sustentáveis. Co-organizada pela UNCTAD, pelo Pacto Global, pelo UNEP-FI e pelo Principles for Responsible Investment (PRI), o SSE provê uma plataforma multi-stakeholder para bolsas de valores, investidores, reguladores e companhias para adoção de boas práticas na promoção da sustentabilidade corporativa.
Carteira reuniu 43 ações de 34 companhias, representando 15 setores e somando R$ 730 bilhões em valor de mercado na época. Três setores estrearam no índice nessa carteira: construção civil, seguros e máquinas e equipamentos.
[Envolverde] A BM&FBOVESPA divulgou a 5ª carteira do ISE, que saltou de 28 companhias para 34, e de 36 ações para 43. O valor de mercado das ações cresceu de R$ 372 bilhões (dez/2008) para R$ 730 bilhões (nov/2009).
Realizada mudança da metodologia para a composição da carteira do índice, deixando de ter o limite de 25% de participação por empresa e passando a ter um limite de 15% por setor, considerando todos os tipos de ações das empresas incluídas, o que permitiu uma diversificação maior da carteira.
A 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a COP 15, foi realizada na capital dinamarquesa com o desafio de estruturar um novo acordo climático internacional, que sucedesse o Protocolo de Quioto e ampliasse o nível dos compromissos dos países em reduzir suas emissões. Mesmo com a presença maciça de chefes de governo de todo o mundo, o encontro não foi capaz de avançar nessa agenda, adiando a definição de um novo acordo para 2015.
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A BM&FBOVESPA formalizou a adesão ao acordo "Principles for Responsible Investment" (PRI), uma iniciativa da ONU desenvolvida pelos grandes gestores de recursos e demais agentes do mercado financeiro em prol do investimento responsável, tornando-se a primeira bolsa de mercado emergente a se tornar signatária dessa iniciativa.
Para marcar os cinco anos de lançamento do Índice de Sustentabilidade Empresarial, a BM&FBOVESPA promoveu, com apoio do GVces, a rodada de “Diálogos ISE 5 anos”. Foram cinco encontros com públicos estratégicos: imprensa, empresas, especialistas, público interno e investidores. Dentre os objetivos dos diálogos, destacaram-se a avaliação das principais contribuições do índice nos últimos 5 anos e a identificação dos principais desafios para os próximos anos. O resultado dos diálogos deu subsídios para que o Conselho Deliberativo do ISE (CISE) definisse os objetivos estratégicos do ISE para os anos subsequentes. A BM&FBOVESPA também produziu uma publicação comemorativa aos cinco anos do ISE, que está disponível na biblioteca virtual do GVces.
Baixe aqui a versão revisada 2010 do questionário de seleção do ISE BM&FBOVESPA
Em 2010, o Congresso Nacional aprovou a lei nº 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, depois de mais de duas décadas de discussão no Poder Legislativo. A PNRS contém instrumentos importantes para permitir o enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. A PNRS prevê a prevenção e redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos.
O ETF IT Now ISE é um fundo referenciado no ISE e busca refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial.
Aprovado durante a 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica, o Protocolo de Nagoya oferece uma estrutura legal transparente para a implementação de um dos três objetivos principais da CDB: a repartição justa e equitativa de benefícios advindos da utilização de recursos genéticos naturais. O Protocolo procura dar mais segurança e transparência legal tanto para fornecedores quanto para usuários de recursos genéticos, estabelecendo condições mais previsíveis para acesso a esses recursos, e ajudando a assegurar a repartição de benefícios quando os recursos genéticos deixarem a Parte contratante provedora dos recursos genéticos. O Protocolo está em vigor desde 12 de outubro de 2014. O Brasil ainda não ratificou o texto - ou seja, não é Parte plena desse tratado.
Em novembro de 2010, foi publicada a norma internacional ISO 26000 - Diretrizes sobre Responsabilidade Social. Segundo a ISO 26000, a responsabilidade social se expressa pelo desejo e pelo propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em seus processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente. Isso implica um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais de comportamento.
A carteira reuniu 47 ações de 38 companhias, representando 18 setores e somando R$ 1,17 trilhão em valor de mercado na época. Ingresso dos segmentos de serviços educacionais, mineração e holding ampliaram a diversidade setorial do ISE.
Propósito do ICO 2 é estimular as maiores empresas brasileiras com ações em Bolsa a levantar e divulgar suas emissões de gases do efeito estufa (GEE), primeiro passo para a adoção de práticas de gestão dessas emissões.
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Durante workshop, foram apresentadas às empresas as mudanças aprovadas pelo Conselho do ISE para o processo seletivo da carteira 2011/2012. Entre as novidades, três novos benefícios para as empresas: reuniões exclusivas com a equipe do GVces, oficinas de orientação sobre documentação comprobatória, e acesso restrito a dados históricos e análise de desempenho da empresa em relação à média da carteira.
Criada nova pergunta na Dimensão Geral, Critério III (Transparência), para incentivar a abertura de informações ao mercado por meio da autorização das empresas para divulgação das respostas dadas ao questionário. 8 empresas da carteira 2011/2012 autorizam a divulgação de suas respostas
Na versão 2011 do questionário de seleção, tivemos a inclusão de uma nova questão no critério III da Dimensão Geral, que tratou da transparência e abertura das informações do questionário de cada empresa para o público em geral.
Durante seu Evento Anual de 2011, o Programa Brasileiro GHG Protocol apresentou a área pública do Registro Público de Emissões, que permite o acesso aos dados dos inventários publicados no âmbito do Programa a todo tipo de público de forma didática e transparente. Dentre os objetivos desse Registro, estão preparar as organizações brasileiras para futuros marcos regulatórios sobre mitigação e adaptação às mudanças climáticas e criar um banco de dados que facilite o estabelecimento de benchmarks setoriais, que sirva de base para a elaboração de políticas públicas coerentes.
Lançado em novembro de 2011, o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) é o documento "vertebrador" das ações de governo, do setor produtivo e da sociedade que direcionam o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo. O Plano articula as principais políticas ambientais e de desenvolvimento do País, em especial as Políticas Nacionais de Mudança do Clima e de Resíduos Sólidos e o plano Brasil Maior, auxiliando no alcance de suas metas por meio de práticas produtivas sustentáveis e da adesão do consumidor a este movimento.
Carteira 2011/2012 reuniu 51 ações de 38 companhias, representando 18 setores e somando mais de R$ 960 bilhões em valor de mercado. Das 38 empresas da nova carteira, oito permitiram a abertura de seus questionários, que estão disponíveis no site do ISE.
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