Uma das tradições da Seintre é o café comunitário organizado pelo Cajor e os alunos de jornalismo da UEPG.
Nesta segunda-feira (12) teve início a X Semana da Resistência, evento promovido anualmente pelo Centro Acadêmico de Jornalismo João do Rio (Cajor), desde 2004. Nessa edição as palestras discutem a “Democratização da mídia”, tema proposto para os quatro dias do encontro. No primeiro dia de palestras representantes da da Frente Paranaense pelo Direito a Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex) e da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) discutiram a democratização da mídia na pauta dos movimentos sociais. Ednúbia Ghisi, da Frentex, colocou em discussão o cenário da comunicação no Brasil e falou das ações do movimento que tem como carro-chefe a promoção do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática, o PLIP. Segundo Ednúbia, a campanha é divulgada nas cidades, com o apoio de movimentos sociais e mídias comunitárias. Como qualquer projeto de lei de iniciativa popular, é preciso 700mil assinaturas para entrar em discussão na Câmara de Deputados. As atividades da Enecos foram mostradas pelo estudante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e membro da Coordenação Nacional da Executiva, Guilherme Alves. O movimento que reúne alunos de Comunicação Social de todo o país milita por três bandeiras centrais – a Democratização da Comunicação (Democom), pela Qualidade de Formação do Comunicador e da Comunicadora (QFC) e pelo Combate às Opressões. Guilherme falou também das manifestações e encontros anuais da Enecos, entre eles o Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação Social (Enecom), autogestionado pelos próprios estudantes.
Como parte da tradição da Seintre, o primeiro dia teve a produção radiofônico dos alunos de jornalismo na Rádio Resistência.
À tarde, os alunos puderam participar de uma oficina de “Transmissão ao vivo e reportagem com dispositivos móveis”, ministrada pela professora da Unibrasil, Elaine Javorski.
A décima edição da Semana da Resistência iniciou seu segundo dia de palestras às nove horas da manhã desta terça-feira (13/05) no grande auditório da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. No primeiro dia, os palestrantes, Guilherme Alves da Silva e Ednubia Ghisi deram início aos debates relacionados a democratização da mídia, tema central da Semana. No segundo dia de palestras, o tema foi: Regulação democrática dos meios de comunicação e Lutas pela liberdade de expressão e o compromisso social do Jornalismo. Os palestrantes convidados do dia foram Ana Paula Salamon, da Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (FRENTEX) e Mario Messagi, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ana Paula Salamon começou os discursos com uma intimação: o pedido de participação no recolhimento de assinaturas referente à democratização da mídia. Para que o documento chegue ao senado são necessários um milhão de nomes. Durante o discurso, Ana Paula salientou que a democratização não se assemelha aos padrões da ditadura por não acreditar na censura e sim na representação social na mídia. “A regulação democrática vem para garantir que todo mundo possa acessar os meio de grande e médio alcance e para que todos sejam representados na grande mídia”, afirma. A integrante do FRENTEX ainda comentou dados de um estudo em que apontavam o Brasil como país que mais promove ações violentas contra comunicadores e defensores de direitos humanos e concluiu “os censurados são os defensores e não as emissoras”. O palestrante Mario Messagi conduziu sua palestra tendo como guia, dados de uma pesquisa. O estudo partiu da indignação de uma estudante de jornalismo da UFPR, que após tempo fazendo estágio em diferentes jornais, notou que há um grande controle e pressão editorial dentro das redações do Paraná. Mas questão que foi levantada por Messagi é: os jornalistas percebem que estão sofrendo censura?
A rádio resistência começou e logo cedeu espaço à banda Astrid, que embalou o intervalo do almoço com sucessos de bandas como Beatles e Pearl Jam.
À tarde as atividades começaram mais tarde por conta do cancelamento da oficina de Fotografia retrato com Rodrigo Czekalski, que será remarcada. A oficina de quadrinhos com André Caliman e Antônio Eder ocorreu normalmente às 15:20. Àqueles que se sentirem prejudicados, podem solicitar o reembolso da oficina de fotografia.
No terceiro dia da X Semana da Resistência, os estudantes do curso de Jornalismo se reuniram no Grande Auditório do campus central para mais uma palestra. Nesta quarta-feira (14) a fala foi do jornalista, atual colunista da revista Carta Capital, Alberto Villas. O palestrante dividiu experiências com os estudantes e falou das mudanças do cenário jornalístico no Brasil. Além disso, trouxe exemplos do jornalismo francês com o qual ele trabalhou por seis anos. Villas também colocou em discussão as possibilidades do mercado de trabalho para os formandos e as mudanças da profissão com as mídias digitais. “O jornalismo está migrando para internet, é onde ele tem estado mais visível, é aí que eu acredito haver mais chances de trabalho”, pontuou.
Trazendo um ar de nostalgia para a X Seintre, a Rádio Resistência utilizou do vinil para tocar músicas. Marcelo Mara foi quem comandou a festa.
Às 18hs começou a oficina de pós-produção em vídeo com o produtor Ítalo Moraes. Os participantes tiveram uma aula de edição de imagens e de finalização de vídeos.
O quinto dia da X Semana da Resistência foi marcado por debates voltados para as mídias digitais e seu impacto no jornalismo. Com um número maior de estudantes do que nos dias anteriores, o grande auditório da instituição teve a presença de Edgard Matsuki, repórter da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e do site da UOL, e de Gil Giardelli, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e especialista em cultura digital. Em um primeiro momento, Matsuki interagiu com a plateia, fez perguntas e entregou prêmios para quem respondesse suas perguntas sobre webjornalismo. Formado na UEPG, o repórter da EBC contou que achava muito estranho voltar para a instituição, pois é “um lugar que eu sempre tive muito orgulho de estudar”, ressalta. Ele explicou sobre seu trabalho tanto no site da UOL, quanto na EBC, e compartilhou histórias de coberturas de imprensa ou quando enviou matérias erradas para os websites, devido à correria do cotidiano. Matsuki também deu algumas dicas para os futuros jornalistas que estavam em sua palestra e ressaltou que para entrar no mercado de trabalho das mídias digitais é preciso muito mais que apurar e escrever uma matéria, é necessário “chegar com ela quase pronta no local, já que você precisa ser rápido para seu texto ser o primeiro a ser publicado”, relata. Além dos trabalhos na UOL e na EBC, ele também possui um blog, o Boatos.org, e conta que não adianta ter um domínio próprio na internet, “se você não tem técnica de reportagem ou programação”, adiciona. O segundo palestrante começou seu discurso com uma breve história sobre as mídias digitais, o capitalismo, a geração atual e como isso atinge os meios de comunicação. Na mesma velocidade que as notícias correm pelo ciberespaço, Giardelli falou de vários assuntos, como as novas tecnologias, o espaço do ser humano no jornalismo robô e da importância do universo multimídia dentro do jornalismo, pois “escrever é bacana, porém 91% do conteúdo este ano será em vídeos”, conta. Ao final da palestra, Giardelli focou em como os estudantes de jornalismo deveriam pensar no papel do Brasil no mundo e, principalmente, o futuro da comunicação. Ele ressalta que “os alunos não estão mais saindo da universidade como jornalistas, mas como gestores de inovação e conhecimento”. Ao término de seu discurso, Giardelli foi muito aplaudido pela plateia e o ciclo de debates iniciou-se com várias perguntas.
Além dos informativos e as músicas, a Rádio Resistência também trouxe a leitura de poemas e poesias na voz dos alunos do curso de jornalismo da UEPG.
À tarde, as oficinas seguiram o roteiro da Seintre e iniciaram às 13h30 com o tema “Webjornalismo em blogs”, ministrada por Edgard Matsuki, e às 15h30 com a fonoaudióloga Daniela Almeida, que ensinou os estudantes a melhorarem suas locuções.
A repórter e o cinegrafista da RPC foram ensinar aos alunos a se portarem e como trabalharem com o jornalismo televisívo.
Alunos e professores discutiram sobre a reforma curricular do curso de jornalismo e a nova grade que a faculdade terá.
A Oficina de fotografia em jornalismo cultural, diferente das outras, aconteceu no Centro de Cultura.
Além da escolha do Miss e Mister Jornalismo 2014, também foram entregues os prêmios dos concursos da Seintre. Quem ganhou o primeiro lugar no concurso de fotografia foi Desirée Georgia, do segundo ano. Já o concurso de reportagens teve como ganhadora a aluna do quarto ano, Marina Demartini. A vencedora da coroa de Miss Jornalismo 2014 foi Lola Almeida, do terceiro ano, e o escolhido para ser Mister Jornalismo 2014 foi Leonardo Mordhost.
We'd love to hear from you. Please send questions or feedback to the below email addresses.
Before contacting us, you may wish to visit our FAQs page which has lots of useful info on Tiki-Toki.
We can be contacted by email at: hello@tiki-toki.com.
You can also follow us on twitter at twitter.com/tiki_toki.
If you are having any problems with Tiki-Toki, please contact us as at: help@tiki-toki.com
Close